A compreensão dos riscos do sedentarismo é fundamental para que ocorra uma mudança de comportamento.
Nos dias atuais, a ideia de não se movimentar é considerada algo perigoso para a sua saúde, uma vez que está mais do que documentado e divulgado os perigos para a sua saúde.
Ser sedentário nos dias atuais é assumir os riscos de perder a qualidade de vida, carregar um problema que vai comprometer o seu dia a dia, os seus momentos de lazer e a própria alegria de viver.
A compreensão sobre a relação de dose-resposta entre atividade física e saúde se faz necessária na medida em que recomendações de quantidades mínimas, adequadas às demandas da população, possam ser atendidas.
A falta de um consenso sobre a ótima relação de dose-resposta evidencia-se pelas divergentes recomendações preconizadas por algumas das principais diretrizes de agências institucionais normativas. (1,2)
Recomendações preconizadas entre os anos de 1970 e 1980 destacavam a importância da realização de exercícios vigorosos por, no mínimo, 20 minutos contínuos, com frequência semanal de três dias. (3) No entanto, a partir da década de 1990, o peso dado para atividades intensas foi retirado, mesmo reconhecendo-se a escassez de estudos avaliando os benefícios de exercícios de intensidade moderada.
Assim, as recomendações passaram a preconizar atividades de intensidade moderada por 30 minutos, que poderiam ser acumulados ao longo do dia, realizados na maioria dos dias da semana. (4)
Atualmente, tais recomendações apontam para a realização de 150 minutos/semana de atividade com intensidade moderada ou 75 minutos/semana de atividade com intensidade vigorosa ou uma combinação das duas recomendações na sua semana para adquirir os benefícios para a sua saúde.
Ou seja, acumular os seus 150/75 minutos semanais não é algo irreal, basta a mudança de hábitos, como trocar o elevador pela escada ou ir de bicicleta para o trabalho quando possível para estar livre do sedentarismo.
É um compromisso com você mesmo, com aqueles que te amam, mexa-se, seja feliz.
Professor Rodrigo Boson.
1. U.S. Department of Health and Human Services. Physical activity and health: a report of the Surgeon General. National Center for Chronic Disease Prevention and Health Promotion, editor. Atlanta; 1996.
2. Physical activity and cardiovascular health. NIH Consensus Development Panel on Physical Activity and Cardiovascular Health. JAMA. 1996 Jul 17;276(3):241-6.
3. Fraser GE, Strahan TM, Sabaté J, Beeson WL, Kissinger D. Effects of traditional coronary risk factors on rates of incident coronary events in a low-risk population. The Adventist Health Study. Circulation. 1992 Aug;86(2):406-13.
4. Simonsick EM, Lafferty ME, Phillips CL, Mendes de Leon CF, Kasl SV, Seeman TE, et al. Risk due to inactivity in physically capable older adults. Am J Public Health. 1993 Oct;83(10):1443-50.
Autor: Marcello Paiva – Site 30tododia