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Para que serve o treinamento funcional?

Treinamento funcional

O treinamento funcional é caracterizado por atividades que envolvem de exercícios simples até os mais complexos, por meio do próprio peso corporal ou com o uso de implementos, e visa trabalhar diferentes capacidades físicas como a força, flexibilidade, equilíbrio, coordenação e resistência.

O uso do treinamento funcional tem crescido rapidamente nos últimos anos, tal fato, reflete os benefícios associados a sua prática à melhoria das atividades da vida diária (AVDs), prevenção de lesões e ao rendimento esportivo.

Outro fator que deve ser considerado é o motivacional. Muitas pessoas têm encontrado nos exercícios funcionais uma forma mais divertida e desafiadora de se exercitar quando comparado ao treinamento tradicional de força e as sessões de exercícios cardiorrespiratórios, sendo muito comum, atualmente, o uso destes exercícios como meio incentivador e uma forma de manter a aderência do aluno a prática da atividade física.

  • Breve histórico sobre treinamento funcional:

Os primeiros estudos sobre o treinamento funcional observaram seus benefícios como uma atividade de reabilitação ou destinado às pessoas com algum tipo de déficit sobre a autonomia funcional (capacidade de realizar as AVDs).

Idosos e pessoas acometidas a diversas patologias como doença pulmonar obstrutiva crônica e lesões osteomioarticulares apresentaram melhoras significativas em sua autonomia funcional após a realização de sessões de exercícios funcionais.

O uso do treinamento funcional ganhou popularidade nas academias de ginástica e em aulas de treinamento personalizado (Personal Trainer) para públicos em geral, o que gerou algumas discussões sobre a utilização “demasiada” deste treinamento para todo e qualquer objetivo.

  • Observação ao treinamento funcional:

Como mencionado anteriormente, através dos exercícios funcionais é possível trabalhar diferentes capacidades físicas ao mesmo tempo numa mesma sessão. Entre essas capacidades, o equilíbrio e a coordenação, sem dúvida nenhuma, são valências pouco trabalhadas em sessões de treinamento tradicional de força, e desta forma, têm sido utilizadas quase que “indiscriminadamente” associadas aos exercícios tradicionais de força (musculação).

O uso de plataformas de instabilidade lidera a lista de exercícios ditos “funcionais” que foram associados ao treinamento tradicional de força, e na maioria das vezes, não são efetivos na melhoria da hipertrofia, força, além de apresentarem um potencial lesivo em sua aplicação.

Treinar em instabilidade aumenta a ação dos músculos estabilizadores do tronco e cintura pélvica, estes conhecidos como CORE, formado pelo transverso, abdômen, oblíquos e paravertebrais. No entanto, tem-se uma ideia de que treinar em instabilidade aumentaria a ativação do músculo alvo, e desta forma, insistentemente vemos praticantes realizando exercícios com sobrecargas elevadas em cima de plataforma de instabilidade. Na verdade, aumentar a carga em desequilíbrio NÃO aumenta a ação do músculo alvo, e sim desvia a atenção do trabalho para a manutenção do equilíbrio, aumentando assim a ativação do CORE.

 Treinar funcional não é apenas fazer um exercício sobre plataformas de instabilidade sob condições desafiadoras, mas sim treinar o movimento.

Busca-se desta forma, permitir a melhor transferência de algumas valências físicas para a realização de tarefas específicas, por isso, o treinamento funcional envolve movimentos de coordenação, equilíbrio, resistência específica, propriocepção, entre outros, sendo necessário antes de tudo, uma análise das necessidades envolvidas na realização do movimento o qual se busque o rendimento.

  • Dicas para adotar ou não o treinamento funcional:

  1.  O uso em idosos tem apresentado bons resultados, porém, os benefícios parecem estar associados ao déficit funcional dos praticantes, ou seja, indivíduos menos condicionados são mais favorecidos, e para os mais condicionados, parece não apresentar diferença significativa quando comparado ao treinamento tradicional.
  2.  Analise bem qual o seu objetivo, talvez o treinamento funcional não seja a melhor opção para alcançá-lo, apesar de sem dúvida nenhuma, ser mais motivante que outras formas mais tradicionais de treinamento.
  3.  No caso do treinamento desportivo, estudar muito bem as necessidades da modalidade e criar um planejamento coerente na progressão das valências físicas envolvidas.
  4.  Na reabilitação de lesões músculo esqueléticas, tem apresentado excelentes resultados, principalmente no uso de exercícios proprioceptivos, de equilíbrio e de força.
  5. O treinamento funcional é um meio e não um fim, desta forma, deve ser trabalhado com outras formas de atividades, como o treinamento de força tradicional e os exercícios cardiorrespiratórios.

Referências:

Matheus Maia Pacheco et al. Functional vs. strength training in adults: specific needs define the best intervention. The International Journal of Sports Physical Therapy | Volume 8, Number 1 | February 2013 | Page 34.

Christian J. Thompson, Karen Myers Cobb and John Blackwell. Functional training improves club head speed and functional fitness in older golfers. Journal of Strength and Conditioning Research, 2007, 21(1), 131–137, 2007.

Jeffrey M. Willardson. Core stability training:applications to sports conditioning programs. Journal of Strength and Conditioning Research, 2007, 21(3), 979–985.

Jason M. Martuscello et al. Systematic review of core muscle activity during physical fitness exercises. Journal of Strength and Conditioning Research, 27(6)/1684–1698

 

Autor: Fabricio Miranda – Site #30tododia